TJBA - DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO - Nº 3.045 Disponibilização: terça-feira, 22 de fevereiro de 2022
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drogas; o Thiago também comercializava drogas sintéticas trazidas da Bolívia, onde ele fazia faculdade de medicina; observaram a
movimentação do tráfico de drogas pelos acusados a partir do mês de junho até setembro de 2021; durante as campanas, observaram mais o Eduardo recebendo e entregando drogas; salvo engano, foram apreendidos cerca de 11kg de maconha e mais de meio
quilo de cocaína; as drogas estavam em dois quartos que seriam de Eduardo e José Félix; localizaram drogas também na cozinha; a
princípio, só o Eduardo e o José Félix confessaram a prática de tráfico de drogas; Porém, posteriormente conseguiram observar no
celular de Thiago que ele também traficava com os demais acusados; a casa usada pelos acusados ficava quase em frente ao Colégio
Sacramentinas; a residência tinha três quartos; foram verificados no celular do Thiago vários contatos com outros traficantes de outros
Estados do Brasil; o responsável pela entrega da droga aos consumidores era o Eduardo; o Félix era responsável pela contabilidade
e pelos pagamentos das drogas; o Thiago era responsável pela aquisição das drogas sintéticas de outros Estados e também fornecia
os entorpecentes aos consumidores; durante as campanas, o investigador José Carlos observou o Thiago fazendo entrega de drogas
aos consumidores; as campanas iniciaram em julho de 2021; as primeiras informações sobre a movimentação suspeita dos acusados
chegaram para a polícia entre os meses de abril e maio de 2021; os acusados vieram para Senhor do Bonfim com a finalidade exclusiva de traficar drogas; não se recorda se foi encontrado dinheiro na residência dos réus; também não localizaram armas de fogo na
residência; não se recorda o valor do aluguel da residência usado pelos acusados; não sabe informar sobre a vida pregressa dos réus.
A testemunha CLAY WILLIAM GOMES ALBUQUERQUE declarou que, no dia do flagrante, observaram um dos acusados, o Thiago,
saindo de casa de bicicleta; abordaram o indivíduo, prenderam-no e levaram até a residência; encontraram drogas nos quartos da
residência e uma quantidade escondida no forro; tinha muita maconha de um tipo de diferente das que encontram aqui na caatinga;
encontraram também balanças de precisão; tinha muita maconha dentro de uns potes de vidro; no momento das buscas na residência,
o Félix estava em um dos quartos e o Eduardo no banheiro; os dois que estão presos assumiram as drogas; mas o Thiago tem ampla
participação na compra e venda dessas drogas; durante as campanas, observou o Eduardo saindo várias vezes de bicicleta para
entregar drogas; outro dia, observou o Thiago e o Eduardo saindo da residência, entrando numa Saveiro e tomando destino ignorado;
as campanas foram realizadas durante meses; a residência usada pelos réus para o tráfico de drogas ficava em frente ao Colégio
Sacramentinas; chegaram a observar um veículo chegando, pegando alguma coisa na residência e saindo em seguida; chegaram a
interceptar uma encomenda de metanfetamina que seria entregue aos acusados; durante as campanas, não observou o José Félix
fazendo entrega de drogas; os colegas investigadores fizeram buscas na residência da namorada do Thiago e encontraram drogas na
residência; a investigação durou cerca de três meses; o depoente participou de cerca de três campanas; quem mais saía de bicicleta
para entregar drogas era o Eduardo; o Félix cuidava da parte financeira, de pagar o aluguel e de compra de drogas; o Thiago fez alguns
vídeos e postava a venda de drogas no instagram; o Thiago também fazia a venda de drogas através do whatsapp.
A testemunha LUCIANO DE MIRANDA PIRES declarou que, no dia 16 de setembro de 2021, por volta das 16:00 horas, foram cumprir
mandado de busca e apreensão na residência dos acusados; encontraram o Thiago saindo de bicicleta; na residência, encontraram
várias sacolas de maconha e uma de cocaína; localizaram mais três sacolas com drogas escondidas no forro da residência; encontraram maconha dentro de potes de vidro; localizaram três balanças, várias fitas adesivas e sacolas para embalagem da droga; era uma
boa quantidade de drogas, tanto a maconha quanto a cocaína; o depoente somente participou da diligência de busca e apreensão; a
residência ficava em frente ao Colégio Sacramentinas; o José Félix chegou a trabalhar prestando serviço no CICOM.
A testemunha JOSEMÁRIO MARQUES DA SILVA declarou que participou da busca e apreensão na residência dos réus; encontrou
vários sacos de maconha, três balanças de precisão e os celulares dos réus; verificou, no celular do Thiago, fotos dele com maconha,
êxtase e outros drogas; o Félix possui camisas com os nomes das polícias; o Félix falou que aquele era o meio de vida dele; o Eduardo
fazia a entrega das drogas; o Thiago fazia o pagamento do imóvel e a compra das drogas, conforme provas no celular dele; não sabe
sobre a vida pregressa dos réus; não tinha móveis na residência; apenas os quartos e a cozinha; apreenderam maconha e cocaína
na residência; a investigação durou cerca de três meses; chegou a visualizar várias pessoas descolando-se até a residência dos réus
para adquirirem drogas; não sabe informar sobre a vida pregressa dos acusados.
A testemunha JOSÉ CARLOS PEREIRA DE FREITAS declarou que, durante as campanas, viu o Eduardo saindo várias vezes de
bicicleta para entregar drogas; o local da casa alugada ficava próximo a uma escola; não sabe do histórico delitivo dos réus; o pessoal
que frequentava a casa dos réus aparentava ter condições financeiras; sempre via o Thiago dentro da casa; só depois do relatório de
investigação fechado, viu o Thiago encontro um objeto a uma pessoa e recebendo o dinheiro.
Qualificado e interrogado, o réu THIAGO FECUNDES DUARTE SILVA declarou que não é verdadeira a acusação; está sendo acusado
porque estava frequentando a residência de José Félix e Eduardo; nunca entregou drogas lá na residência; o interrogado é amigo
de infância de José Félix e Eduardo; não sabia que o Eduardo e o José Félix vendia drogas na residência; só chegou a ver droga na
residência, mas em pequena quantidade; a droga era maconha; visitava a residência para falar de trabalho com os meninos; o Félix
e o Eduardo moravam na residência; a casa era alugada; não sabe quem alugou e quem pagava o aluguel; nunca trouxe drogas da
Bolívia para comercializar no Brasil; nunca recebeu encomenda dos correios contendo drogas; não se organizou com o Eduardo e o
José Félix para comercializar drogas; no momento da busca e apreensão, o interrogado estava de bicicleta nas imediações de uma
praça próximo ao Sacramentinas; o interrogado havia saído para comprar um refrigerante; a bicicleta era do Eduardo; não sabe se o
Eduardo circulava muito com a bicicleta pela cidade; o Eduardo também instalava câmeras; o José Félix também; o Félix tinha uma
empresa; o interrogado viu as drogas que foram apreendidas na residência pelos policiais, mas não tinha conhecimento; o Eduardo
e o José Félix nunca comentário sobre a venda de drogas com o interrogado; o interrogado morava com a namorada e a irmã dela
num pagamento; a namorada do interrogado veio para Senhor do Bonfim atrás de emprego e a irmã dela estava fazendo curso para
o SAMU; o interrogado autorizou as buscas no apartamento onde morava com a namorada; nunca participou de pesagem de drogas;
nunca vendeu drogas pelo instagram; não tem envolvimento com os meninos; foi para a Bolívia para estudar porque a família não
tinha condições de pagar os estudos aqui no Brasil; quem pagava a faculdade era a mãe do depoente; ela é professora do Estado e
do Município; o valor da mensalidade era em torno de R$ 1.800,00.
Qualificado e interrogado, o réu EDUARDO SANTANA DE MELO declarou que era apenas o interrogado que fazia a venda dos entorpecentes; a residência era alugada; alugou no mês de junho de 2021; o Félix apenas passava alguns dias lá; o Félix sabia que o
interrogado comercializava drogas, mas não participava; comercializou drogas por cercas de 4 meses antes de ser preso; não pode
falar na mão de quem comprava as drogas; a cocaína estava apenas guardando para uma pessoa e a maconha comprava o quilo
por R$ 1.000,00; a pessoa falava pelo whatsapp e o interrogado ia deixar a droga; só vendia maconha; entregava 50g de maconha
por R$ 70,00 reais; não se lembra de ter dito no depoimento policial que o José Félix também traficava drogas com o interrogado; as
drogas foram localizadas no quarto no meio e no forro; o Thiago não participava da venda de drogas; ele ia lá na residência quando ia
resolver alguma coisa do trabalho; o Thiago só tinha conhecimento da quantidade de droga na residência que era para o consumo do
