TJBA - DIÁRIO DA JUSTIÇA ELETRÔNICO - Nº 3.238 - Disponibilização: terça-feira, 20 de dezembro de 2022
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tinha mais visto ele lá, aí resolveu levar a chave na sua sacola, colocava a chave onde guardava suas coisas; que ele chegou lá
07h da manhã e depois não viu mais ele, ele só deixou a chave lá; que ele saía com frequência; que os filhos de Sonali são bem
cuidados, ela cuida bem direito deles; que quem sempre ia lá ajudar a cuidar dos meninos era a tia, mas não morava com ela,
a tia ficava lá o dia a dia mesmo; que não sabe dizer se após a prisão de Sonali ela sofreu algum tipo de ameaça no local que
ela ficava residindo; que mora no mesmo condomínio que Sonali, é prédio diferente; que o prédio dela é o 26 e o da declarante
é o 1, é bastante em frente um do outro; que sua barraca fica logo na entrada, no bloco um, logo na entrada da portaria; que é
uma barraca que vende verduras, frutas, esses negócios; que conheceu Sonali logo no início do condomínio, há 8 anos; que ela
sempre morou com os filhos nesse local, só morava ela e os filhos; que ela não tinha costume de emprestar o apartamento; que
conhecia o cidadão que ficou na casa de Sonali mais de vista, ele só deixava a chave na sua mão e pronto; que ele é moreno
escuro, bem alto, ele sempre andava de boné, mesmo quando ele se aproximava da depoente o boné conseguia tampar o rosto
dele, que só sabe que o povo chamava ele de Zaqueu; que não foi a primeira vez que ele surgiu nesse condomínio, as pessoas
não saem de casa para entregar a casa para ele, só Sonali, mas porque ela estava na casa da mãe, a mãe dela mora no Sim, a
mãe dela estava fazendo exames e aí nessa época ela estava ficando na casa da mãe; que ele tinha costume de ficar na casa
de outras pessoas, mas só Sonali saiu de casa; que ele lhe via na sua barraquinha lá embaixo para entregar a chave; que não
teve acerto para ele lhe entregar a chave, Sonali falou com ele que quando ele quisesse sair era para ele deixar a chave na
sua mão, ele pegava e deixava sempre na sua mão; que sempre chega lá 07:00/07:30 da manhã e quando não estava lá ele
colocava a chave de baixo da porta de onde guarda suas coisas, suas mercadorias, na barraca; que toda vez que ele saía ele
deixava a chave consigo, nem sempre ele deixava lá; que ela tinha saído de casa duas semanas antes e tinha deixado a chave
com ele; que não tinha acesso a casa com essa chave, não abriu em alguma oportunidade esse apartamento; que não sabe
por qual razão essa chave precisava ficar consigo; que para ele pegar a chave ele chegava, pedia e entregava, só; que quando
não estava ele conseguia puxar a chave, deixava dentro e ele conseguia puxar do lado de fora; que tinha vez que ele subia lá
com Hugo, o que chamou Sonali dizendo que ia pegar um dinheiro, ele mora lá no condomínio; que Hugo não frequenta a casa
de Sonali; que sua barraca fica em frente a casa de Sonali, em frente ao bloco dela; que sabe que ele não vai lá porque Sonali
sempre ia trabalhar, ela só ficava em casa quando não ia trabalhar; que ela trabalha de faxineira no mercado; que Hugo mora na
Fraternidade, ele já saiu de lá, foi embora, só quem mora lá é a mãe dele; que Zaqueu começou a andar no condomínio, mostrar
confiança, deixavam ele dormir na casa, tal, dava uns negócios a ele e tudo; que não permitiu que ele dormisse em sua casa;
que quando ele estava no apartamento de Sonali, Hugo frequentava lá, nunca presenciou se ele dormia, mas que ele frequentava
sim; que Hugo era conhecido de Sonali; que Sonali tem quatro filhos e os quatro moram com ela; que o nome dos filhos dela é
Wenderson, Wendel, Julia, e tem o outro que é o menor; que quando que Sonali saiu do apartamento, as crianças ficaram com
ela na casa da mãe dela; que a mãe dela mora no sul da Bahia e veio para cá para fazer uns exames, a mudança dela foi para
acompanhar a mãe nesses exames.
Ao ser interrogada, a acusada alegou, em linhas gerais, que quando foi abordada pela Polícia Civil estava mais ou menos uns
10 dias na casa da sua mãe, faria aniversário no sábado, foi no apartamento pegar algumas roupas e quando estava chegando
no condomínio mandou seus filhos subirem; que Hugo lhe chamou para ir na Queimadinha, quando chegaram lá eles estavam
conversando com um rapaz, e quando ele veio até a interrogada ele estava com um conteúdo na mão, um envelope, um papel;
que ele lhe deu, perguntou o que era e ele lhe mandou segurar, aí pegou e segurou, como ele estava pilotando tinha que segurar;
que quando retornou na vinda de casa os policiais avistaram, fizeram a abordagem e mandaram colocar a mão para cima, foi e
colocou a mão para cima, desceu da moto e o que estava segurando dele colocou entre as pernas; que quando desceu da moto,
eles lhe mandaram colocar a mão para cima e o embrulho caiu; que o embrulho não era grande, cabia na mão; que os policiais
falaram que tinha dispensado esse objeto antes mesmo de ser abordada porque na hora da abordagem eles lhe mandaram descer da moto com a mão para cima, aí desceu da moto, na hora do desespero desceu, o negócio caiu e saiu rolando, aí a policial
avistou e falou; que só conhece Hugo como Hugo; que foi pegar os objetos com três dos seus filhos, o de 7 anos não estava no
momento; que conhece Hugo desde quando o condomínio saiu, a mãe dele morava lá, tinha uma barraca de lanche e aí comprava lanches para seus filhos; que não sabia que ele iria lhe chamar para pegar isso aí, porque ele não falou que pegaria o que
a polícia encontrou consigo; que não tem essa proximidade com ele para ele lhe chamar e deixar seus filhos lá na casa sozinho,
isso aí foi a primeira vez; que não tinha proximidade e preferiu mesmo assim acompanha-lo para um lugar desconhecido e deixar seus filhos menores; que morava lá no imóvel, começou a trabalhar, aí como tinha que descer com os meninos para deixar
na sua mãe, voltar para casa cansada para arrumar tudo, foi e resolveu ficar na sua mãe; que tinham uns dias lá, aí nesse dia
resolveu voltar e ele lhe chamou para ir ali, perguntou onde e ele falou que era ali na Queimadinha; que deixou esse imóvel nos
dez dias com alguém, tinha um homem lá que o nome dele era Jaquino, o povo lá levava ele para a igreja, essas coisas assim;
que como tinha saído, ele tinha pedido para dormir na sua casa, aí deixou e nesse dia que decidiu retornar; que ele não estava
ocupando o seu imóvel quando retornou, não tinha ninguém, ele não lhe avisou que não estava mais lá ou que já havia saído; que
a interrogada chegou de supetão para pegar as roupas; que quando chegou no local ele não estava; que chegou até a entrada
do imóvel, perguntou a menina se o menino que estava na sua casa estava lá e a menina falou que não tinha visto ele lá no dia,
falou para seus filhos subirem que iria ali mais Hugo ligeiro; que perguntou se esse indivíduo estava no seu apartamento ou não
para Ana Luíza, uma menina que tem uma barraca de frutas lá, nesse mesmo condomínio; que ficava com uma chave do apartamento, mas depois dos dez dias não compareceu ao condomínio; que conhecia a pessoa para quem cedeu o apartamento já
há uns meses; que tinha levado seus documentos, suas roupas, só estavam na casa a televisão, sofá, o armário e as camas lá,
só, não pretendia voltar mais para esse imóvel; que não pensou em alugar, cedeu para uso gratuito; que trabalhava com serviços
gerais em um supermercado, ganhava o suficiente para sustentar seus filhos e manter a casa, ganhava bem; que ganhava R$
1.200,00 (mil e duzentos reais) por mês, fora unha e cabelo que fazia; que Hugo também foi para a delegacia; que no momento
eles lhe deixaram algemada na cadeira e levou Hugo para dentro da sala, demorou, quando demorou um pouquinho eles já
saíram, chamaram os outros policiais para irem ali, aí quando demorou um pouco eles já chegaram com as caixas na mão, lhe
falaram, falou que não estava sabendo de nada, que não sabia da existência disso na sua casa e logo em seguida Hugo já estava liberado; que quando retornaram, já retornaram com seu filho e com uma caixa na mão; que na hora da abordagem eles lhe
perguntaram onde morava, falou que estava ficando na casa da sua mãe, eles perguntaram onde era, perguntaram onde Hugo