10 – quarta-feira, 09 de Abril de 2014
Publicações de Terceiros e Editais de Comarcas Minas Gerais - Caderno 2
Companhia de Armazéns e Silos do Estado de Minas Gerais - CASEMG
CNPJ: 17.186.370/0001-68
Pág. 01/02
RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO
1. APRESENTAÇÃO - Atendendo às exigências da Lei das
Sociedades por Ações e do Estatuto Social da COMPANHIA DE
ARMAZÉNS E SILOS DO ESTADO DE MINAS GERAIS - CASEMG, a Administração da Companhia apresenta-lhes, a seguir, o
Relatório da Administração e as Demonstrações Contábeis relativos ao
exercício de 2013, emitidas com base nas práticas contábeis adotadas
no Brasil, observando as diretrizes da Lei n.º 6.404/76 e as suas alterações posteriores.
2. MENSAGEM DA DIRETORIA- A Companhia de Armazéns e
Silos do Estado de Minas Gerais - CASEMG - é uma empresa de
economia mista criada em 1957 pelo governo mineiro, com o objetivo
de ampliar a capacidade de armazenamento de produtos agrícolas no
Estado. Foi federalizada no ano de 2000 e encontra-se vinculada ao
Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, MAPA.
Atualmente, a Companhia está operacionalmente organizada por Unidades de Armazenagem e Negócios (UANs) em 17 municípios, localizados nas principais regiões produtoras de Minas Gerais: Noroeste
Mineiro, Sul de Minas e principalmente no Triângulo Mineiro e Alto
Paranaíba.
2.1 Análise de Desempenho da Economia e Reflexos sobre a
CASEMG - O agronegócio brasileiro caminha para a próxima década
com foco na competitividade e na modernidade, fazendo da utilização
permanente da tecnologia um caminho para a sustentabilidade do País.
A busca tem sido constante, rumo ao bom desempenho, apesar do
clima de apreensão que ainda ronda os países desde 2008, após o
estouro da mais recente crise econômica mundial. A CASEMG, empresa que tem na armazenagem sua principal fonte de sustentação, sente
o reflexo dessa situação, mas sua Diretoria, técnicos e colaboradores
reconhecem que, assim como faz o agronegócio, vencerá as dificuldades ora apresentadas se for moderna, eficiente e competitiva.
Ainda que a crise econômica mundial persista, o mercado externo se
mantém favorável às nossas commodities agrícolas. Por seu lado, o
mercado interno se recente da queda do Real frente ao Dólar, fazendo
com que o consumo interno se retraía. Mas deve-se ressaltar que apesar dessa dicotomia, o agronegócio praticamente vem, ano a ano, mantendo certo padrão das famílias brasileiras e salvando a nossa balança
comercial, sinalizando para o crescente aumento da produção.
O assunto em pauta é relevante para a CASEMG. Como o negócio da
Companhia é a armazenagem, os aumentos dos contratos externos do
setor também elevam consideravelmente o fluxo de exportação,
reduzindo a estadia de produtos em nossas Unidades de Armazenagem
e Negócios (UANs). É neste ponto que precisamos mostrar maior eficiência competitiva. Uma saída urgente para essa situação seria investir no sistema de transbordo de grãos. Além do baixo risco, em relação
à armazenagem de médio prazo, a operação de transbordo poderá ampliar o faturamento da Empresa, principalmente ao se analisar os gargalos logísticos na combalida infraestrutura rodoviária do País.
Dados da Confederação de Agricultura e Pecuária (CNA) apontam que
o agronegócio brasileiro fechou o ano de 2013 com alta de 3,56%,
totalizando R$ 1 trilhão, em franca recuperação em relação ao ano de
2012. Como apontam os especialistas do setor, o Brasil é quase imbatível na produção de commodities necessárias para a sobrevivência da
população mundial. Assim, sempre haverá a necessidade de armazenamento, mesmo que temporário, resistindo nessa questão a razão de ser
da Companhia de Armazenamento e Silos do Estado de Minas Gerais.
Por isso, para se ter sucesso nesse mercado, faz-se necessário a
CASEMG recuperar e modernizar seus armazéns, tornando-os mais
eficientes e dinâmicos, o que possibilitará ampliar a segurança em armazenagem. O retorno seguro desse investimento é a fidelização de
clientes e a conquista de novos contratos, criando-se um círculo virtuoso para a Companhia.
Em 2013, a Diretoria Executiva, visando o saneamento e a recuperação
econômica e financeira da Companhia, adotou diversos procedimentos
que começam a surtir resultados positivos. Dentre essas medidas podese citar:
Revitalização da área comercial: A estrutura organizacional da
Companhia sofreu alterações em dezembro/2013. Os gerentes das
Unidades Armazenadoras, fiéis depositários das mercadorias armazenadas, estão com novas atribuições, inclusive a de promover e gerenciar a captação de produtos do agronegócio, executando a política
anual de comercialização da Companhia, juntamente com a Diretoria
Operacional. Essa descentralização dos negócios de armazenagem
também conta com o apoio da Gerência Técnica Operacional
(GETOP) e Gerência de Controle Operacional (GEROC), criadas na
nova estrutura organizacional com o objetivo de subsidiarem a Diretoria Técnico-Operacional no que tange aos estudos técnicos que orientem as tomadas de decisões que visem à implantação de ações destinadas a aprimorar a gestão da área operacional, além de coordenar a
avaliação do desempenho global das atividades desenvolvidas pelas
Unidades de Armazenagem e Negócios. As alterações estruturais estão
regulamentadas pelo Regimento Interno da Companhia e foram
aprovadas pelo Conselho de Administração (CONSAD).
Vale destacar que estão sendo promovidos estudos com vistas à modernização do sistema operacional da empresa, promovendo através de
um novo sistema a ser implantado para maior agilidade, segurança,
modernidade e transparência na execução das operações de transbordo
e armazenagem.
Nova Estrutura da Diretoria Executiva: A Assembleia Geral
Extraordinária, no dia 13/09/2013, promoveu a alteração do Estatuto
Social da Companhia redefinindo a estrutura organizacional, com o
desmembramento das funções do Diretor Presidente e Técnico
Operacional para Diretor Presidente e Diretor Técnico-Operacional, e
a junção das diretorias Administrativa e Financeira. Compondo então
as diretorias da CASEMG, Diretor-Presidente; Diretor Técnico
Operacional; e Diretor Administrativo e Financeiro. O Objetivo é dar
maior celeridade às ações institucionais e operacionais, ampliando as
parcerias com novos clientes e cooperações técnicas.
Controles Operacionais: No final do exercício a Companhia deu um
passo importante na rigidez dos controles operacionais. Reformulou o
BALANÇOS PATRIMONIAIS EM 31 DE DEZEMBRO - Em reais
PASSIVO E
ATIVO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
2013
2012
PATRIMÔNIO LÍQUIDO . . . . . . . . . .
2013
2012
CIRCULANTE . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3.660.334
1.650.480
CIRCULANTE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11.106.381
4.654.518
Caixa e Bancos . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
124.355
460.315
Fornecedores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
839.032
438.346
Aplicações Financeiras . . . . . . . . . . . .
1.069
1.006
Obrigações Fiscais (Nota 14) . . . . . . . . .
980.860
464.343
Duplicatas a Receber (Nota 4) . . . . . . . 1.003.479
960.706
Salários e Contribuições Previdenciárias
2.708.486
1.440.983
Adiantamentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
26.246
37.216
Obrigações a Terceiros . . . . . . . . . . . . . .
82.290
76.521
Tributos a Compensar (Nota 5) . . . . . .
7.310
9.744
Parcelamento Lei 11.941/2009 (Nota 15)
283.858
266.012
Concessão de Direito Real de
Parcelamento CEMIG (Nota 16) . . . . . .
309.049
372.777
Uso (Nota 6) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
42.909
42.663
Parcelamento Previdenciário (Nota 18) .
350.150
177.416
Outros Créditos e Valores a
Parcelamento não Previdenciário (Nota 18) 297.586
228.106
Receber (Nota 8) . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.063.201
2.303
(-) Juros a Apropriar (Nota 17) . . . . . . . .
(43.217)
(100.745)
Estoques de Almoxarifado . . . . . . . . . .
108.838
90.638
Provisão p/ Ações Trabalhista/
Despesas Antecipadas . . . . . . . . . . . . .
251.127
7.696
Cíveis (Nota 19) . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
5.230.039
486.430
Ressarcimento de Clientes (Nota 7) . .
31.799
38.193
Acordos Trabalhistas (Nota 19) . . . . . . .
64.495
800.389
NÃO CIRCULANTE . . . . . . . . . . . . . 17.079.421
19.815.356
Pensões Judiciais (Nota 19) . . . . . . . . . .
3.753
3.940
REALIZÁVEL A LONGO PRAZO . 1.010.690
1.030.402
NÃO CIRCULANTE . . . . . . . . . . . . . .
4.922.668
3.695.708
Depósitos Recursais (Nota 9) . . . . . . .
117.307
135.766
Provisão para Ações Cíveis (Nota 19) .
798.669
Valores Bloqueados pela Justiça (Nota 9)
49.190
52.150
Parcelamento Lei 11.941/2009 (Nota 15)
1.768.401
1.929.913
Créditos a Compensar c/
Parcelamento CEMIG (Nota 16) . . . . . .
289.385
Impostos Munic. (Nota 10) . . . . . . . . .
845.445
845.445
Parcelamento Previdenciário (Nota 18) .
2.134.312
507.085
Duplicatas a Receber em
Parcelamento Não
Cobrança Judicial (Nota 11) . . . . . . . .
424.637
426.232
Previdenciário (Nota 18) . . . . . . . . . . . .
1.019.955
170.656
(-) Perdas no Recebimento de
PATRIMÔNIO LÍQUIDO . . . . . . . . . .
4.710.706 13.115.610
Créditos (Nota 12) . . . . . . . . . . . . . . . . (425.889)
(429.191)
Capital Social (Nota 22) . . . . . . . . . . . . . 26.814.711 26.814.711
IMOBILIZADO . . . . . . . . . . . . . . . . . 15.685.054
18.401.277
(-) Prejuízos Acumulados . . . . . . . . . . . . (22.104.005) (13.699.101)
IMOBILIZADO (Nota 13) . . . . . . . . . 149.379.290
149.049.583
(-) Depreciação Acumulada . . . . . . . . .(133.694.236) (130.648.306)
383.677
TOTAL DO PASSIVO E
INTANGÍVEL (Nota 13) . . . . . . . . . .
383.677
TOTAL DO ATIVO . . . . . . . . . . . . . . 20.739.755
21.465.836
PATRIMÔNIO LÍQUIDO . . . . . . . . . . 20.739.755 21.465.836
As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras
DEMONSTRAÇÕES DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO - Em reais
Nota
Capital Social
Integralizado
26.814.711
_
_
26.814.711
Lucros (Prejuízos)
Acumulados
(13.699.101)
7.971
(8.412.875)
(22.104.005)
Patrimônio Líquido
Consolidado
13.115.610
7.971
(8.412.875)
4.710.706
Nota
Capital Social
Integralizado
Saldos em 31/12/2011
26.814.711
Ajustes de exercícios anteriores a 2012
25
_
Lucro (Prejuízo) do Exercício 2012
_
Saldos Finais em 31/12/2012
26.814.711
As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras
Lucros (Prejuízos)
Acumulados
(8.709.133)
(47.205)
(4.942.763)
(13.699.101)
Patrimônio Líquido
Consolidado
18.105.578
(47.205)
(4.942.763)
13.115.610
Saldos em 31/12/2012
Ajustes de exercícios anteriores a 2013
Lucro (Prejuízo) do Exercício 2013
Saldos Finais em 31/12/2013
23
_
NOTAS EXPLICATIVAS DA ADMINISTRAÇÃO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 E DE 2012 - Em reais
NOTA 1 - CONTEXTO OPERACIONAL - A Companhia de Armazéns e Silos do Estado de Minas Gerais - CASEMG é uma sociedade
por ações, constituída através da Lei n° 1643 de 06 de setembro de
1957, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento - MAPA, com capital social subscrito e integralizado. Quanto à
sua estrutura física, esta é composta de vinte e duas (22) Unidades de
Armazenagem e Negócios no Estado de Minas Gerais. Tem como principal objetivo armazenar e ensilar produtos do agronegócio, bem como
exercer o comércio de produtos similares aos recebidos em depósitos,
na forma do Decreto nº 3.855 de 03 de julho de 2001.
Em 26 de maio de 2000, mediante contrato de compra e venda, realizou-se a transição acionária do Governo do Estado de Minas Gerais
para a União, não havendo qualquer modificação das atividades operacionais. Encontra-se a empresa incluída no Programa Nacional de
Desestatização (PND), cujo processo de caracterização de federalização apresenta-se atualmente em tramite no Ministério de Planejamento, Orçamento e Gestão - MPOG.
NOTA 2 - APRESENTAÇÃO E ELABORAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS - As demonstrações contábeis foram elaboradas e estão apresentadas em conformidade com as práticas contábeis adotadas no Brasil, com observância das normas do Conselho
Federal de Contabilidade - CFC, Lei das Sociedades por Ações,
6404/76 e alterações introduzidas pelas Leis 11638/07 e 11941/2009.
As demonstrações contábeis integram as alterações trazidas pelas
Normas Brasileiras de Contabilidade- NBC, Comitê de Pronunciamentos Contábeis - CPC e pelo IBRACON - Instituto dos Auditores
Independentes do Brasil.
NOTA 3 - RESUMO DAS PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS - 3.1. Ativos circulantes e não circulantes: São apresentados
por valores de custo ou de realização, e incluem quando requerido, as
variações monetárias e rendimentos. Estão classificados no circulante
os ativos cuja realização ou recebimento dar-se-á em período inferior
a um ano e no não circulante os ativos cuja realização dar-se-á em
período superior a um ano e ainda os investimentos em ativo imobilizado.
3.1.1. Disponibilidades e aplicações financeiras: Estão avaliadas ao
custo, sendo as aplicações financeiras demonstradas pelos valores aplicados, acrescidos dos rendimentos auferidos até a data do balanço. De
acordo com a Resolução CMN nº 3284/2005 a Companhia efetua aplicação em fundos de investimentos administrados pelo Banco do Brasil.
3.1.2. Contas a receber: São apresentados pelos respectivos valores
de realização, bem como da provisão para perdas para fazer face às
eventuais perdas no recebimento dos créditos. As estimativas para perdas foram feitas de acordo com a Lei nº 9430/96.
3.1.3. Estoques de almoxarifado: Os estoques estão representados por
materiais de manutenção e consumo para as Unidades Armazenadoras.
3.1.4. Imobilizado: Demonstrado pelo custo de aquisição e/ou construção, deduzido da depreciação acumulada. Os gastos incorridos com
manutenção e reparo, que representam aumento da vida útil, são capitalizados em consonância com o regime de competência. A depreciação é calculada pelo método linear, considerando as estimativas de vida útil-econômica dos bens, em conformidade com os limites estabelecidos no Decreto Federal nº. 3.000/99 e na Instrução Normativa SRF
nº. 162/98.
3.1.5. Demais ativos circulantes e não circulantes: Os demais ativos
circulantes e realizáveis em longo prazo são demonstrados pelo valor
de custo ou líquido de realização, dos dois o menor e, incluem quando
aplicável os rendimentos proporcionais auferidos até a data do balanço.
3.2. Classificação dos passivos circulantes e não circulantes: São
demonstrados pelos valores conhecidos ou calculáveis, acrescidos
quando aplicável, dos correspondentes encargos das variações monetárias ou contratuais incorridas.
3.2.1. Provisão para contingências: A provisão para contingências
está relacionada aos processos de natureza trabalhista e cível, foi constituída pela Companhia como resultado de eventos passados, tendo
Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento
Regulamento Interno sobre a prestação de serviços- INO-01 de acordo
com a lei de armazenagem e regulamentou o destino das sobras técnicas, estabelecendo as diretrizes para a gestão das movimentações de
mercadorias de terceiros em consonância com os contratos de depósito que representam, a fim de se efetuar controle através de conciliação
dos estoques físicos e contábeis, e o devido registro contábil e fiscal
das sobras técnicas que podem surgir. A sobra técnica é o resultado da
apuração de efetiva sobra de peso depois de findada a movimentação
contábil de todos os lotes de uma espécie de mercadoria e que tenham
sido rigorosamente cumpridas as cláusulas avençadas em todos os
contratos de depósito que os rege.
Alienações, Concessões e Desativações de UANs: Visando o levantamento de recursos suficientes para a recuperação e modernização das
Unidades Armazenadoras da Companhia, iniciou-se em 2013 o levantamento das Unidades de Armazenagem que há muito tempo vem acumulando prejuízos pertinentes às suas atividades. Esse trabalho objetiva as possibilidades de alienação, concessão ou desativação.
Em parceria com a Caixa Econômica Federal - CEF foi iniciado o
processo de avaliação de parte dos imóveis, e a fim de acelerar as
avaliações também foram contratados avaliadores independentes filiados ao Conselho Nacional de Corretores de Imóveis (COFECICRECI).
A Diretoria Executiva estabeleceu um cronograma para a venda de
bens imóveis, particularmente os já autorizados para alienação pelo
Conselho Nacional de Desestatização (CND). Uma alienação bemsucedida foi do imóvel de Manga, unidade de armazenagem desativada há vários anos, que foi vendida em concorrência pública no dia
02/12/2013, após avaliação da CEF. As unidades de Paracatu e
Bonfinópolis, não operacionalizadas em 2013 e com problemas ambientais, fazem parte da lista de UANs a serem alienadas.
Redução de gastos com energia elétrica: No exercício de 2013, com
apoio da Diretoria, o setor de manutenção da CASEMG conseguiu
reduzir os gastos com energia nas Unidades Armazenadoras na ordem
de 32%. Para 2014, a meta da Diretoria é manter a perseguição da eficiência energética e redução de gastos, alocando novos recursos para a
modernização ou a transformação dos equipamentos das Unidades.
Para isso, conta com o sucesso das alienações dos bens imóveis inservíveis ou desativados.
Está em estudo pela Diretoria Técnica-Operacional um novo projeto
de eficiência energética, abrangendo aspectos de gestão energética. Os
objetivos destacados dessa nova ação visam a pequeno, médio e longo
prazo, evitar o desperdício de energia e substituir métodos antigos
operacionais por métodos novos mais eficientes, econômicos e modernos, em todas as formas de consumo de energia utilizadas na Companhia, tendo como meta redução de custos operacionais.
Plano de Cargos e Salários: visando minimizar as ocorrências de
evasão dos colaboradores da Companhia, promover uma melhor adequação nas tabelas de enquadramento salarial e a modernização dos
manuais de avaliação de desempenho e de desenvolvimento humano,
a Diretoria constituiu através de Portaria de 22/11/2013, um Grupo de
Trabalho destinado a proceder ao levantamento, às adequações e ao
aperfeiçoamento necessário do Plano de Cargos e Salários (PCS). Em
maio de 2014, esse Grupo de Trabalho deverá apresentar o escopo dos
estudos da nova estrutura de cargos e salários da Empresa, tendo como
amparo a legislação e a regulamentação que regem as empresas estatais federais.
Vale ressaltar que, com a revisão do PCS, a CASEMG estaria pronta
para realizar novo concurso público, com vistas a preencher as vagas
existentes nas áreas operacionais e administrativas, buscando atrair no
mercado, profissionais de qualidade para composição do seu quadro de
pessoal que se encontra deficitário.
A CASEMG encerrou o exercício de 2013 com significativa redução
de receitas, na ordem de 7,96%. Um fator impactante se deve ao preço
do café, que sofreu importante queda em seu valor de mercado e por
consequência, reduziu nossa receita referente ao ad valorem, o qual a
representatividade deste produto afetou 03(três) grandes Unidades da
Companhia, Monte Carmelo, Patrocinio e Patos de Minas. O resultado
da receita também foi afetado pela inatividade das operações da
unidade armazenadora de Paracatu, ora desativada, vítima de processo
cível que resultou em grave endividamento para a Companhia.
Apesar desses contratempos, o processo de descentralização dos negócios implantado pela Diretoria começaram a produzir resultados positivos. As Unidades de Uberlândia e Capinópolis conseguiram novos
parceiros minimizando os efeitos da crise do café e a baixa operacional
de algumas unidades.
A Diretoria, apoiada por todo o setor técnico operacional, por seus
colaboradores e assessores da Sede e UANs, acredita que durante o
ano de 2014 a CASEMG conseguirá iniciar o projeto de recuperação e
modernização de boa parte de suas unidades armazenadoras, principalmente na parte de tecnologia de informação para melhoria dos controles internos. Para isso, conta com o sucesso de alienações de bens
imóveis, sendo a receita dessas vendas direcionadas para o saneamento e a revitalização da Instituição. Investir na modernização e manutenção das UANs significa evitar o sucateamento, a desativação e as
ocupações indevidas do patrimônio da Companhia por terceiros, sejam
por particulares ou entes públicos, como já ocorreu ao longo dos anos
com várias unidades da empresa.
Por reconhecimento ao trabalho de todos os colaboradores dedicados
e comprometidos com nossa Visão de negócios e Valores, desde já
agradecemos e contamos com esse apoio em 2014.
DEMONSTRAÇÕES DE RESULTADOS EXERCÍCIOS
FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO - Em reais
2012
................................
2013
RECEITA DE VENDA DE
SERVIÇOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14.668.692
15.937.074
(-) DEDUÇÕES DA REC. DE
VENDAS DE SERVIÇOS . . . . . . . . . . (1.719.327) (1.689.003)
(-) COFINS E PIS NÃO
CUMULATIVO, ISSQN, ICMS . . . . . . (1.995.715) (2.126.515)
(+) CRÉDITOS PIS/COFINS NÃO
CUMULATIVO . . . . . . . . . . . . . . . . . .
276.388
437.512
RECEITA LIQUIDA DE
VENDAS DE SERVIÇOS . . . . . . . . . 12.949.365
14.248.071
(-) CUSTOS OPERACIONAIS . . . . . . (13.760.303) (14.570.029)
LUCRO / PREJUIZO BRUTO . . . . .
(810.937)
(321.958)
(-) DESPESAS ADMINISTRATIVAS . (7.974.503) (5.815.430)
(-) Despesas Gerais e Administrativas . (5.339.598) (4.685.389)
(-) Contingências
Trabalhistas e Cíveis . . . . . . . . . . . . . . . (2.637.201) (1.166.936)
Reversão de Provisões
Constituídas (Nota 20) . . . . . . . . . . . . .
2.296
36.895
OUTRAS RECEITAS (DESPESAS)
OPERACIONAIS . . . . . . . . . . . . . . . . .
1.634.055
1.578.255
Outras Receitas Operacionais . . . . . . .
1.675.649
1.617.634
(-) Outras Despesas
Operacionais (Nota 21) . . . . . . . . . . . . .
(41.594)
(39.378)
OUTRAS RECEITAS (DESPESAS)
FINANCEIRAS (Nota 24) . . . . . . . . . . (1.261.480)
(383.366)
Receitas financeiras . . . . . . . . . . . . . . .
41.908
146.421
(-) Despesas Financeiras . . . . . . . . . . . . (1.303.388)
(529.787)
RESULTADO OPERACIONAL . . . . (8.412.865) (4.942.499)
OUTROS RESULTADOS . . . . . . . . . .
(9)
(264)
(-) Perda na Baixa de
Ativo Imobilizado . . . . . . . . . . . . . . . . .
(9)
(264)
RESULTADO LÍQUIDO DO
EXERCÍCIO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . (8.412.875) (4.942.763)
Prejuízo líquido por lote de
mil ações do capital social . . . . . . . . . .
(0,20)
(0,12)
Quantidade de ações ao
final do exercício . . . . . . . . . . . . . 40.212.516.561 40.212.516.561
As notas explicativas da administração são
parte integrante das demonstrações financeiras
DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXAMÉTODO INDIRETO PARA O EXERCÍCIO FINDO
EM 31 DE DEZEMBRO DE 2013 - Em reais
2012
ATIVIDADES OPERACIONAIS . . .
2013
Prejuízo do exercício . . . . . . . . . . . . . . . (8.412.875) (4.942.763)
Aumentos(diminuições) dos itens
que não afetam o caixa
Depreciação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
3.049.961
3.055.620
Despesas juros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
3.663
Receitas juros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
(10.308)
Perda do imobilizado . . . . . . . . . . . . . . .
10
264
Reversão de provisões de créditos . . . .
(2.296)
(36.895)
Prejuízo de exercício ajustado . . . . . . . . (5.361.537) (1.934.082)
Variações ATIVO
Aumento (Diminuição) de
Duplicatas a Receber . . . . . . . . . . . . . . .
(42.772)
257.290
Aumento (Diminuição) de
Concessão Direito Real de Uso . . . . . . .
(245)
55.822
Aumento (Diminuição) de outros créditos (2.060.898)
Aumento (Diminuição)
Despesas Antecipadas . . . . . . . . . . . . . .
(243.430)
164.877
Aumento (Diminuição)
Ressarcimento Clientes . . . . . . . . . . . . .
6.393
63.210
Aumento (Diminuição)
Estoque de Almoxarifado . . . . . . . . . . .
(18.200)
86.187
Aumento (Diminuição)
Tributos a compensar . . . . . . . . . . . . . .
2.433
202.832
Aumento (Diminuição)
de Adiantamentos . . . . . . . . . . . . . . . . .
10.969
38.793
Aumento (Diminuição)
Depósitos Recursais . . . . . . . . . . . . . . .
18.459
106.024
Aumento (Diminuição)
de INSS a Compensar . . . . . . . . . . . . . .
121.757
Aumento (Diminuição)
Valores Bloqueados . . . . . . . . . . . . . . . .
2.960
1.160.857
Aumento (Diminuição) Duplicatas
a receber em cobrança judicial . . . . . . .
1.594
20.658
Aumento (Diminuição) de
(10.546)
provisão de perdas . . . . . . . . . . . . . . . . .
3.302
Total . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . (2.319.435)
2.267.761
Variações PASSIVO
Aumento (Diminuição) de Fornecedores
400.685
(21.704)
Aumento (Diminuição) de
Obrigações Fiscais . . . . . . . . . . . . . . . . .
516.516
225.905
Aumento (Diminuição) de Salários e
Contribuições Sociais . . . . . . . . . . . . . .
1.267.503
280.072
Aumento (Diminuição) de
Obrigações a Terceiros . . . . . . . . . . . . .
5.769
10.129
Aumento (Diminuição) do Parcelamento
CEMIG (CP/LP) . . . . . . . . . . . . . . . . . .
(353.113)
546.094
Aumento (Diminuição) Provisão
Contingências Trabalhistas(CP/LP) . . .
(80.000) (1.175.013)
Aumento (Diminuição) de
Acordos Trabalhistas . . . . . . . . . . . . . . .
(735.893) (1.499.311)
Aumento (Diminuição) de Ações
Cíveis e Pensões (CP/LP) . . . . . . . . . . .
4.024.753
639.573
Aumento (Diminuição) Parcelamento
da Lei 11.941/2009 (CP/LP) . . . . . . . . .
(143.664)
(117.122)
Aumento (Diminuição) Parcelamento
Previdenciário (CP/LP) . . . . . . . . . . . . .
1.799.959
684.502
Aumento (Diminuição) Parcelamento não
Previdenciário (CP/LP) . . . . . . . . . . . . .
918.779
398.762
Aumento (diminuição) Juros a apropriar
57.528
(100.745)
Total . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
7.678.822
(128.858)
ATIVIDADES DE INVESTIMENTOS
Aquisições do Ativo Imobilizado . . . . .
(333.747)
(309.457)
Diminuição líquida de Caixa . . . . . . . . .
(335.897)
(104.636)
Caixa no início do período . . . . . . . . . .
461.321
565.957
Caixa no fim do período . . . . . . . . . . . .
125.424
461.321
As notas explicativas da administração são
parte integrante das demonstrações financeiras
como base as ações em andamento acompanhadas pelo setor jurídico.
3.2.2. Demais passivos circulantes e não circulantes: São demonstrados pelos valores conhecidos ou calculáveis acrescidos dos correspondentes encargos até a data do balanço.
3.3. Apuração do resultado: O resultado das operações sociais é pelo
regime contábil de competência de exercício.
NOTA 4 - DUPLICATAS A RECEBER DE CLIENTES (Ativo
Circulante) - O saldo de R$ 1.003.479 em 31 de dezembro de 2013 e
R$ 960.706 em 31 de dezembro de 2012 referem-se a valores a receber de clientes, decorrentes da prestação de serviços de armazenagem
e transbordo de produtos e não recebidos até 31 de dezembro, conforme detalhamos a seguir:
UNIDADES
ARMAZENADORAS
Alfenas
Araguari
Bonfinópolis
Buritis
Capinópolis
Centralina
Conceição das Alagoas
Frutal
Ituiutaba
Monte Carmelo
Paracatu
Passos
Patos de Minas
Patrocínio
Sacramento
Santa Vitória
Tupaciguara
Uberaba
Uberlândia
Unaí
TOTAL
POSIÇÃO EM
2013
3.938
1.534
144.720
27.810
16.116
31.454
156.802
171.819
65.416
6.659
79.499
123.233
17.506
193
4.016
152.764
1.003.479
POSIÇÃO EM
2012
84.033
1.533
70.000
120.785
38.567
8.486
92.009
101.677
65.896
52.538
179.735
5.059
2.741
32.475
105.172
960.706
NOTA 5 - TRIBUTOS A RECUPERAR/COMPENSAR (Ativo
Circulante) - O total de R$ 7.310 está composto por: R$ 2.341 de
INSS, R$ 710 relativo à Imposto de Renda, R$ 438 de Cofins, R$ 95
de PIS, R$ 146 de Contribuição Social e R$ 3.580 de ISS a recuperar.
NOTA 6- CONCESSÃO DE DIREITO REAL DE USO (Ativo
Circulante) - Refere-se ao saldo a receber de contratos de Concessão
de Direito Real de Uso firmados pela Companhia no total de R$
42.909 em 2013 e R$ 42.663 em 2012.
NOTA 7 - RESSARCIMENTO DE CLIENTES (Ativo Circulante)
- Os saldos de R$ 31.799 em 2013 e R$ 38.193 em 2012 referem-se
a valores a serem ressarcidos por clientes pelos serviços de carga e
descarga executados por trabalhadores avulsos com intermediação
do Sindicato de Braçagistas e respectivos encargos sociais.
NOTA 8 - OUTROS CRÉDITOS (Ativo Circulante) - O saldo de
R$ 563.202 trata-se de: R$ 4.660 de depósito de FGTS efetuado indevidamente pela Companhia, o processo encontra-se em andamento,
R$ 558.542 referente a depósito judicial efetuado pela cliente ADM
do Brasil Ltda de serviços prestados na Unidade de Capinópolis e R$
1.500.000 do valor do imóvel de Três Pontas devido ao cancelamento
da alienação, onde o comprador terá que devolver o imóvel a
CASEMG.
NOTA 9 - DEPÓSITOS RECURSAIS/VALORES BLOQUEADOS PELA JUSTIÇA (R. L. PRAZO) - O saldo de R$ 166.497 em
2013 e de R$ 187.916 em 2012 são de valores bloqueados pela justiça
do trabalho, para garantia de parte do pagamento de indenizações de
ações que estão sub- júdice.
Em dezembro de 2013, o saldo compõe-se de: depósitos recursais R$
117.307 e valores bloqueados pela justiça R$ 49.190.